Mais um ano se faz necessário recordar dessa data. Um massacre onde centenas de pessoas ficaram feridas e dezenas mortas em Shaperville, Joanesburgo, África do Sul durante o apartheid.
E hoje?
Quantos “apartheids” vivemos nos dias atuais, ainda?
Quantos massacres o povo negro ainda é vítima?
Quantas perseguições, agressões e mortes o povo negro sofre?
Há um sem número de situações, países, bairros e cidades em que diariamente o povo negro apanha, é humilhado, preso injustamente, torturado – morto!
Temos vivido tempos de levantes do povo negro em algumas partes do mundo, como o “Black Lives Matter”. Há um sopro de esperança quando conseguimos dizer ao mundo “ Vidas Negras Importam” e essa mensagem chega a vários cantos, porém ainda é pouco!
Pouco porque a desconstrução colonial é feita, ainda, todos os dias. Não é um assunto em que está superado e absorvido por grande parte da população do mundo como “resolvido”. É algo tão sensível que até a palavra Negro/Preto ainda é usada de forma racista, mesmo quando muitas pessoas juram, “de pé juntinho”, que não queriam sê-las – mas foram!
Ainda há a teimosa vontade racista de muitos em querer o povo negro subjugado, mas há também Resistência e haverá cada vez mais!
Para cada episódio de Racismo e Apropriação Cultural, Objetificação Racial, Sexualização do Corpo Negro e tantas outras situações de Racismo, haverá RESISTÊNCIA!
A Luta pela Discriminação Racial não é apenas no dia 21 de março mundo afora ou no 20 de novembro no Brasil. Ela é e deve ser diária, porque é no dia-a-dia que o povo negro sente a mão “amistosa” daqueles que o estapeiam pelas costas e na cara!
O Capitalismo serve como aparato para o Racismo, ele se nutre e precisa de um sistema opressor, discriminatório para fazer valer “experiências” que hoje lemos, vemos e assistimos como “ Todas Vidas Importam”, mas é claro que importam, porém ao tentar silenciar e diminuir a necessidade que Vidas Negras continuem vivas – reforça-se assim, mais uma vez o Racismo. Quando países tentam impor, com palavras de efeito, que nestes “não há racismo”, deparamo-nos, de novo, com o Racismo!
Enquanto houver Racismo, 21 de Março será todos os dias!
Amandla!